Por Sérgio Franco
Sim, mais mulheres estão usando a bicicleta!
Elas começaram meio tímidas mas estão crescendo, tanto em relação aos homens quanto em números de ciclos!
Para se ter uma ideia, no 1º trimestre de 2015, ano em que começamos a monitorar o número de ciclos nesta ciclovia, a participação das mulheres foi de apenas 10,7% em relação aos homens, contudo agora, no primeiro trimestre de 2017 elas são 14,3% dos usuários da bicicleta como meio de transporte, um crescimento de 33,64% na participação.
Mas o crescimento é mais notável ainda quando tratamos de números absolutos, 201,33% de aumento quando comparamos o primeiro trimestre de 2015 com o primeiro trimestre de 2017.
E acreditamos que o crescimento vai continuar.
O aumento no número total de ciclos também foi considerável. No primeiro trimestre de 2015, a média de ciclos por hora foi de 68,5 ciclos/hora, agora em 2017, a média do primeiro trimestre foi de 156,3 ciclos por hora, um aumento de 128,17% no número de usuários da bicicleta e outros meios ativos de transporte.
Ciclista atrai ciclista! Parece que a máxima é mais do que verdade e quanto mais pessoas utilizam a bicicleta, mais pessoas tendem a aderir a este meio de transporte.
Do primeiro trimestre de 2015 para o primeiro trimestre de 2016, tivemos um aumento de 36,05%, mas do primeiro trimestre de 2016 para o primeiro trimestre de 2017 tivemos um aumento de 67,7%.
Não só os números de ciclos por hora crescem mas a velocidade com que crescem também.
Não podemos considerar que a inauguração do Bicicletário da Praça Arariboia ou a abertura do túnel Charitas-Cafubá tenham impactado neste aumento, pois o bicicletário só foi inaugurado dia 27 de março, depois da realização da contagem, e o túnel somente foi aberto aos usuários no dia 6 de maio de 2017.
Teremos que esperar as próximas análises para ver de alguma das novas estruturas provocaram algum impacto.
Infelizmente os problemas persistem, com carros invadindo a ciclovia e não respeitando a preferência nos cruzamentos.
Problemas que poderiam ser minimizados com uma melhor fiscalização e a implantação de placas educativas. Aliás, estas foram doadas em dezembro de 2016 por um projeto da Faculdade de Empreendedorismo de UFF e até hoje não foram instaladas.
O fato é que a ciclomobilidade, com todos os problemas que ainda existem, já é uma realidade em Niterói.
Temos setores dentro da prefeitura que trabalham intensamente para que esta seja cada vez melhor, porém, dentro da mesma administração, encontramos órgãos (no sentido lato da palavra) com mais poderes, estrutura e verba mas que parecem simplesmente ignorar esta nova realidade da bicicleta na cidade.
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