sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Veja Como Foi o I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo - Parte III

Por Sérgio Franco



No dia 27 começamos a manhã com uma visita técnica de parte do roteiro cicloturístico Caminho Niemeyer. 


Caminho Niemeyer

Começamos pelas obras localizadas na Praça Popular de Niterói, que além do Teatro Popular de Niterói conta com mais duas obras, a Fundação Oscar Niemeyer e o Memorial Roberto Silveira e ainda esta em construção a futura Nova Catedral de São João Batista.

Teatro Popular

Antes do inicio da pedalada foi contada uma breve história das obras e do próprio Oscar Niemeyer. Não só os palestrantes estavam presentes como também alunos de curso de turismo que apresentariam seus trabalhos além de outros ciclistas que se juntaram ao grupo.

A história das obras

Após darmos uma volta pela Praça Popular de Niterói e e termos uma descrição das obras fomos em direção ao MAC - Museu de Arte Contemporânea. 

Pedal e muito papo

A primeira parada foi na Praça Juscelino Kubitschek, onde nela encontramos a escultura de bronze encenando uma conversa entre Oscar Niemeyer e Juscelino Kubitschek sobre a construção de Brasília.

Niemeyer e JK
Também foi feito um pequeno relato sobre a construção da praça que foi iniciada na segunda metade do século XX, como homenagem ao Presidente Juscelino Kubitschek. Feita para simbolizar a futurismo do governo JK e marcar o fim das obras que resultaram no Aterro da Praia Grande. Com a última reforma a praça foi incorporada ao Caminho Niemeyer, e tendo a arquitetura do próprio Oscar Niemeyer.

Atenção para o guia

A última parada antes de chegarmos ao MAC - Museu de Arte Contemporânea foi na Reserva Cultural de Niterói, obra também do prestigioso Oscar Niemeyer e composta de modernas salas de cinema, cafés, restaurantes, cafeterias entre outras facilidades.

A Reserva Cultural fica em uma área de agitada vida noturna e que ainda mantém características arquitetônicas e urbanística do século passado é cercada pelo complexo do campus da UFF Gragoatá e onde estão situados a Igreja de São Domingos, que foi construída em 1652 e recebia constantes visitas da família real, além da Estação Cantareira, que foi um antigo estaleiro e estação das barcas e foi construído no início do século XX e onde hoje funciona o Espaço Cultural Estação Cantareira.

Igreja de São Domingos
Durante o percurso, tivemos uma surpresa nada agradável, um caminhão da Skoll estacionado sobre a ciclofaixa, causando risco para os ciclistas, principalmente para aqueles que vão em direção contrária a da mão da via. Infelizmente esta ocorrência é muito comum no local devido a falta de fiscalização.

Lamentável


Outra surpresa desagradável que tivemos ao longo do trajeto foi constatar que a ciclofaixa, que já é precária e mal feita, teve seu tamanho reduzido. Ficamos sabendo que esta repintura foi feita sem o conhecimento do Niterói de Bicicleta.

Perda de espaço na ciclofaixa

Não podemos deixar de concordar que este é um dos trajetos mais bonitos que temos pela orla de Niterói e faz parte não só do roteiro Orla como também do roteiro Niemeyer (que se sobrepõe).

Pão de Açúcar e Cristo Redentor ao fundo

Na chegada ao MAC, ainda no patio do mesmo, tivemos uma aula sobre a arquitetura com o Felipe Simões, estagiário do programa Niterói de Bicicleta e estudante de arquitetura da UFF. Onde foi explicado todo o contexto da obra no local.

Aula de Felipe Simões

Ainda tivemos uma visita guiada com o guia do próprio MAC - Museu de Arte Contemporânea explicando não só o contesto da obra de Niemeyer mas também da proposta do museu.

Mac, Pão de Açucar, Ilha da Boa Viagem 

Interior do MAC - Todos prestando atenção

A primeira parte do segundo dia do I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo se encerrou no MAC, os palestrantes convidados tiveram o dia livre para visitar a cidade de Niterói e realmente visitaram. Parte do grupo foi fazer um pedal até a Fortaleza Santa Cruz e depois subiram o Parque da Cidade.

O dia ainda continuou com a mostra acadêmica, onde foram apresentados trabalhos acadêmicos voltados à temática do cicloturismo.

Leia também a parte I e a parte II.



5 km?
Experimente ir de bicicleta!


































quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Recapeamento da Rua São Lourenço - mas e a ciclovia?

Por Sérgio Franco




A Rua São Lourenço esta sendo recapeada, mas e a ciclovia? Perguntamos, e no dia 4 de novembro enviamos um mail para a prefeitura de Niterói, NitTrans, Niterói de Bicicleta e ao diretor de Operações da mesma, Alexendre Cony:

"Prezados,

Tomamos conhecimento que esta sendo feito o recapeamento da Rua São Lourenço, importante ligação com a Zona Norte de onde partem 15% dos ciclistas da cidade de Niterói.

Nossa preocupação é que sejam atendidos os compromissos assinado pelo atual prefeito Rodrigo Neves na Carta Compromisso Pela Mobilidade Ativa que pode ser acessada neste LINK.

Chamamos a atenção para os itens 2 e 5 da carta.

"2) Ajustar, concluir e executar, de maneira gradual, o Plano Cicloviário de Niterói elaborado pela empresa TC Urbes, assegurando a participação dos usuários e a transparência do processo. Definir um cronograma para sua implantação e para o cumprimento dos prazos estabelecidos;

5) Construir novas infraestruturas e aprimorar as existentes, essenciais para o deslocamento de pedestres e ciclistas (malha cicloviária, sinalização, faixas de pedestre, calçadas etc). Valer-se das intervenções urbanas e viárias, periódicas ou não, para a inclusão dessas estruturas, de forma a aumentar a segurança das pessoas;"

Confiamos que os compromissos assumidos pelo prefeito Rodrigo Neves sejam neste momento postos em prática.

Grato pela atenção"

Recebemos a resposta no dia 7 de novembro, mas somente do Niterói de Bicicleta.


"A obra de recapeamento que encontra-se em andamento na Rua São Lourenço contempla a repintura da ciclofaixa da via. Estamos trabalhando para garantir a aplicação das diretrizes de projeto apresentadas pela empresa TCUrbes, aumentando a segurança da via ciclável.

Att.

Programa Niterói de Bicicleta
Rua Visconde de Sepetiba 987, 6º Andar 
Centro - Niterói - RJ - CEP 24020-206
(21) 2620-8413 | 2620-0403 R.235"

O que sabemos é que a obra é de iniciativa e responsabilidade da EMUSA, porém não encontramos o mail da mesma. Ao que parece, mas ainda não podemos confirmar, é que as secretarias continuam sem "conversarem" umas com as outras e cada uma toma a decisão que bem entende e executa da forma que acha melhor.

Uma obra de intervenção urbana deveria ser pensada e discutida entre todas as secretarias para que todas as demandas fossem atendidas em uma só ação.

Infelizmente, ao que parece, e apesar da carta compromisso assinada, o Niterói de Bicicleta continua trabalhando sozinho sem a devida atenção ou consulta por parte das demais secretarias, órgãos e instituições que efetivamente possuem o poder, a verba e os meios de implementar mudanças. 

E os erros nos projetos e execuções são claros quando as obras cicloviárias são feitas por aqueles que nada entendem de mobilidade por bicicleta e nem mesmo são usuários da mesma.

Vamos aguardar os próximos capítulos.

www.mobiliadeniteroi.com
facebook/mobilidadeniteroi


5 KM
PERTO E PRÁTICO
EXPERIMENTE IR DE BICICLETA


Veja Como Foi o I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo - Parte II

Por Sérgio Franco



Ainda do dia 26 de outubro tivemos o prosseguimento do I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo (Leia a parte I aqui). A atividade agora foi na recém inaugurada Reserva Cultural Niterói, que fica no caminho de Niemeyer e faz é uma das obras do mestre.


O espaço possui cafés, restaurantes, livraria, 5 salas de cinema modernas e principalmente uma vista e ambientes incríveis longe da "prisão" e sufoco de um shopping. Só lamentamos não ter, até o momento, um bicicletário e nem mesmo ser autorizado prender as bicicletas nas grades do local. Já fizemos a reclamação e solicitamos a instalação do bicicletário.


Foram exibidos filmes sobre cicloturismo (curtas e filmes) em um grande paredão do espaço.

-Expedição Serra do Espinhaço, a cordilheira brasileira, de bicicleta [BR, 2016], Direção: Fabiano Zig

""Vencedor da 1ª Mostra de Vídeos Bicicultura - voto popular - 2016""
""Seleção oficial Festival Mobifilm - 2016""
""Seleção oficial Virada Cultural SP - 2016""
""Seleção oficial Mostra Audiovisual - 1º Encontro para o Desenvolvimento do Cicloturismo - Niterói RJ""

Uma viagem de bicicleta percorrendo toda a extensão da única cordilheira brasileira, a Serra do Espinhaço. Foram 62 dias e aproximadamente 1935 km pedalados entre as cidades de Ouro Branco, em Minas Gerais, até a cidade baiana de Xique-Xique, as margens do Rio São Francisco. 
Por Fabiano Zig


Clique AQUI para ver o vídeo
-Volta & Meios [BR, 2015], Direção: Ana Carolina Marques e Jéssica Stuque

Seis pessoas, cinco meios de transporte, um desejo: dar a volta ao mundo. No documentário independente "Volta & Meios", os viajantes Antonio Olinto, Grace Downey e Robert Ager, Paulo Cirillo, Raphael Karan e Raimundo Nascimento contam experiências e ensinamentos sobre suas viagens a bicicleta, carro, carona, moto e barco. 

Clique AQUI para ver o vídeo

-De Costa a Costa [BR, 2015], Direção: Gabriel Rodrigues

-Havana Bikes  [CUB, 2014] Direção: Diego Vivanco e Ian Clark [Kauri Multimedia]

-Pedal [BR, 2015], Direção: Juliana Colli e Luiz Nemer Neto

Pedal é um convite às pessoas a perceberem os benefícios da bicicleta, pontuando direitos e deveres do ciclista. A partir da experiência da designer e ciclista Juliana Colli e do jornalista e ciclista Luiz Nemer Neto, o vídeo mostra a possibilidade de usar a bicicleta no meio urbano como transporte alternativo para ir ao trabalho e em deslocamentos gerais pela cidade.


Clique AQUI para ver o vídeo

-Bloco da bicicletinha [BR, 2016], Direção: Fernando Biagioni

Das ações que mais transformam a cidade, o Bloco da Bicicletinha, uma vez por mês, escolhe um tema e coloca em discussão a ocupação do espaço e a mobilidade urbana através da bicicleta. Na última edição, piratas invadiram Belo Horizonte.

Clique AQUI para ver o vídeo

Foi um fim de dia agradável, vendo filmes sobre bicicleta, conversando com pessoas que entendem o que é a bicicleta para a cidade e em um lugar deslumbrante.

No dia 27 ainda tivemos a visita técnica e a mostra acadêmica. Em breve falaremos mais sobre o último dia.

Não deixe de acompanhar página no facebook do I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo



SÃO SÓ 5 KM
TIRE PROVEITO DA DISTÂNCIA
VÁ DE BICICLETA!


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Veja Como Foi o I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo - Parte I

Por Sérgio Franco
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Nos dias 26 e 27 de Outubro foi realizado no Teatro Municipal de Niterói o I Encontro Para o Desenvolvimento do Cicloturismo Urbano com a participação de grandes nomes na área do turismo e do cicloturismo e contando ainda com um encontro acadêmico onde foram apresentados diversos trabalhos de estudantes e estudiosos da área.

O encontro, que nasceu na Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF em parceria com a COPPE UFRJ e com patrocínio do CNPQ, teve o apoio do Programa Niterói de Bicicleta e do Mobilidade Niterói na organização e desenvolvimento do evento.


Abertura

O encontro se iniciou no dia 26 e a abertura contou com a participação das autoridades que no geral fizeram rápidas colocações sobre o evento e sua importância.

Axel Grael (Vice-prefeito de Niterói)
José Haddad (Presidente da Niterói Empresa de Lazer e Turismo/NELTUR)
Sidney Mello (Reitor da Universidade Federal Fluminense/UFF)
Marcello Tomé (Diretor da Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF)
Ronaldo Balassiano (Coordenador do Núcleo de Planejamento Estratégico de Transportes e Turismo/Planett)
Nilo Sérgio Felix (Secretário de Turismo do Estado do Rio de Janeiro/SETUR)


Após a participação das autoridades foi dado o inicio ao ciclo de palestras com a MESA 1 – Como as cidades são vistas dentro do planejamento dos roteiros de cicloturismo onde participaram Marcio Deslandes (European Cyclists’ Federation/ECF) e André Geraldo Soares (União de Ciclistas do Brasil/UCB).

Marcio Deslandes falou sobre o impacto econômico do cicloturismo e dentre os pontos que podemos destacar temos o cicloturismo a 3º maior atividade econômica na Europa, ocupando 5% do PIB Europeu e 5,2% do mercado de trabalho na Europa, além de envolver uma grande quantidade de serviços e profissões. Uma das grandes surpresas é o impacto econômico provocado pelo cicloturismo em comparação com o turismo de cruzeiro no mercado europeu. O turismo de cruzeiro gera um impacto de 39,4 bilhões de euros na economia enquanto o cicloturismo consegue gerar 44 bilhões de euros, uma diferença surpreendente de mais de 4 bilhões de euros. Outro detalhe que devemos destacar é que o cicloturista gasta em média 35 euros por dia contra os 10 euros por dia gastos por turistas que usam outros meios de locomoção.


Marcio Deslandes
André Geraldo Soares falou sobre cicloturismo e mobilidade. Destacou a diferença entre o aspecto agradável associado ao cicloturismo e a dificuldade do uso da bicicleta na mobilidade urbana. Falou também dos problemas existentes na realidade brasileira, entre eles, a diminuição do acesso à cidade, a segregação social, o custo sócio econômico, a poluição e as cidades paralisadas. Como solução para estes problemas estão a inclusão das 80 milhões de bicicletas existentes nas ruas, resgatar a caminhabilidade e o investimento do transporte público. 


"A cidade que quer atrair cicloturistas para
visitas breves deve demonstrar que valoriza
a bicicleta também para os seus cidadãos no dia a dia"


Dentre as políticas cicloinclusivas estão o acalmamento do trânsito, implantação de ciclovias e ciclofaixas, instalação de bicicletários e sinalização adequada e eficiente, programas de educação e fiscalização, além de estimular a participação da iniciativa privada tais como hotéis e restaurantes.


André Geraldo Soares

Na MESA 2 – Cicloturismo como fomentador de novos negócios - contamos com Therbio Felipe (Revista Bicicleta), Gustavo Carvalho (Kuritbike – Curitiba), Lenauro Mendonça (Terra Brasilis – Niterói) e Cristóbal Pena (Bella Bike – Santiago do Chile).

Thébio Felipe destacou alguns pressupostos para o desenvolvimento do cicloturismo urbano, tais como: Acessar facilmente a oferta turística,o patrimônio cultural e suas manifestações; acessar, da mesma forma, o patrimônio humano (as gentes), sem gentrificação; gerar o menor impacto possível no ambiente; ter estruturas no trânsito e nos espaços públicos que indiquem que a cidade é amiga da bicicleta; garantir que os serviços (hospedagem, alimentação, áreas de lazer e cultura, etc.) estejam aptos ao cicloturista e suas necessidades; desenvolver programas de sensibilização comunitária sobre o cicloturismo e suas possibilidades; realizar intensamente, e em mídia especializada, a promoção estratégica da localidade cicloturística. Outro destaque dado pelo Thérbio é que o cicloturismo urbano revisita e da um novo significado às cidades. No final de sua apresentação ainda foi feita uma homenagem ao nosso amigo Glauston, que foi o iniciador da inclusão da bicicleta como meio de transporte na cidade de Niterói além de ter implementado o primeiro bike box do Brasil quando ainda estava na NitTrans. Hoje este projeto foi abandonado pela mesma.


Thérbio Felipe

Gustavo Carvalho contou a história do Kuritbike desde seu início, dos atrativos de Curitiba e de como surgiram os roteiros, a importância de se escutar o cliente. Tendo começado com um pequeno investimento de apenas R$ 5.000,00 hoje a Kuritbike é uma das referências no cicloturismo urbano.


Gustavo Carvalho

Lenauro Mendonça do Terra Brasilis, uma empresa de Niterói, mostrou a abrangência e os roteiros feitos pela empresa no cicloturismo.


Lenauro Mendonça
Cristóbal Pena, da Bella Bike, contou sobre a história da empresa, os desafios que encontrou, a descoberta de novos roteiros. Contou história curiosa do tour no Cemitério General, um cemitério com muita história e estruturas arquitetônicas incríveis, os motivos que levaram a elaborar este ciclotour e os motivos que o fizeram parar. Também abordou a realidade da bicicleta hoje no Chile e em Santiago, com 1,1 milhões de viagens diários em bicicleta e esta em segundo lugar da América Latina; que teve um notável desenvolvimento de ciclovias na periferia e centro da cidade (252 km); e em processo de mudança cultural que valoriza o uso da bicicleta e o poder público hoje tem consciência dos benefícios do uso massivo da bicicleta. Outra curiosidade destacada é que 65% dos clientes da Bella Bike são brasileiros (pois é, gostamos de pedalar).


Cristóbal Pena

MESA 3 – Estratégias para o desenvolvimento do cicloturismo - contou com a participação da Isabela Ledo (Programa Niterói de Bicicleta – Prefeitura de Niterói), Marcelo Iha (SP de Bike – São Paulo Turismo), Mauro Tavares (Rio Estado da Bicicleta – Secretaria de Estado de Transportes/SETRAN), Rosaly Almeida (Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco) e Rodrigo Telles (Clube de Cicloturismo do Brasil).

Isabela Ledo (Programa Niterói de Bicicleta) destacou os atrativos da cidade de Niterói para o cicloturismo urbano e rural e a importância de se incentivar este tipo de turismo, entre as quais estão a diversificação da economia local; valorização do patrimônio natural, arquitetônico, cultural e histórico da cidade; incentivo à mobilidade ativa e sustentável; indução à requalificação do espaço urbano; estímulo à inclusão sócio-espacial; fortalecimento da identidade da cidade.


Isabela Ledo

Marcelo Iha (SP de Bike – São Paulo Turismo) falou sobre o avanço da ciclomobilidade em São Paulo, que atualmente conta com 400 km de estrutura cicloviária; mostrou o desenvolvimento da bicicleta como modal pelo mundo; também falou sobre o perfil do usuário das ciclofaixas de São Paulo onde podemos destacar a participação de 27,7% das mulheres entre os usuários e faixa etária entre 30 e 39 anos. Também comentou os desafios à serem enfrentados para o desenvolvimento do cicloturismo urbano, tais como,  ações permanentes de incentivo ao cicloturismo urbano; mudanças políticas na gestão pública, interesse da iniciativa privada, envolvimento da sociedade civil e acompanhamento da demanda.


Marcelo Iha

Mauro Tavares (Rio Estado da Bicicleta – Secretaria de Estado de Transportes/SETRAN) contou a história e do desenvolvimento do programa Rio Estado da Bicicleta; os objetivos dos programa, tais como, fomentar o uso da bicicleta como meio de transporte; promover a integração da bicicleta com os outros modos de transportes; implantar em parceria com órgãos públicos,
empresas e sociedade civil organizada, políticas de educação para o trânsito;
promover e apoiar eventos esportivos, culturais e institucionais que incentivem o uso da bicicleta. Foi ainda demonstrado o projeto de integração do sistema cicloviário via barcas e a rota cicloturistica Caminhos de Nossa Senhora.


Mauro Tavares

Rosaly Almeida (Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco), participou da criação e gerenciou do Programa Pedala PE de jun/2012 a abril/2016. Rosaly apresentou a Rota Agreste, que faz parte do circuito cicloturistico de Pernambuco, rota que surgiu da ideia da própria palestrante quando esta estava percorrendo o circuito do Vale Europeu.


Rosaly Almeida
Rodrigo Telles (Clube de Cicloturismo do Brasil) contou um pouco sobre o trabalho do Clube de Cicloturismo do Brasil e os trabalhos que este realiza na criação de rotas cicloturisticas, ressaltou a necessidade de uma sinalização eficiente para atender ao cicloturista, sendo este urbano ou não.


Rodrigo Telles

O ciclo de palestras e debates terminou com uma apresentação da professora Fátima Priscila Morela Edra (Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF) e coordenadora do Pedal Uff Tur e Sérgio Franco (Mobilidade Niterói)  a respeito das ações sobre Cicloturismo em curso em Niterói. Foi mostrado aos presentes um pouco das características da cidade de Niterói, as iniciativas em prol da bicicleta que atuam na cidade e a importância destes e das atividades em torno da bicicleta para o crescimento do uso desta também como forma de transporte. Também foi feita uma apresentação sobre o perfil do cicloturista na cidade e sua percepção quanto a infraestrutura existente.


Fátima Priscila Morela Edra e Sérgio Franco
Podemos destacar o alto grau de percepções negativas constatadas tanto por parte dos visitantes quanto por parte dos moradores sobre a oferta de ciclovias, qualidade destas; oferta e qualidade dos bicicletários; além da sensação de segurança e viária.

A apresentação pode ser do Mobilidade Niterói e Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF pode ser acessada AQUI.

Acesse a apresentação AQUI

O fato é que o I Encontro para o Desenvolvimento do Cicloturismo foi um encontro de pessoas que entendem que a bicicleta é um veículo transformador das cidades e que o cicloturismo é um fomentador de novos negócios e oportunidades e transformador de pessoas fazendo estas entenderem melhor as cidades e as pessoas que nela habitam.

A opinião de todos os envolvidos é que uma cidade que quer investir em cicloturismo primeiro tem que investir na sua própria ciclomobilidade.

Ainda tivemos no próprio dia 26 tivemos uma mostra audiovisual na Reserva Cultural e no dia 27 fizemos uma visita técnica e ainda tivemos uma apresentação de trabalhos acadêmicos. Em breve falaremos mais de cada uma.

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facebook/mobilidadeniteroi


5 km
EXPERIMENTE IR DE BICICLETA





sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Contagem de Outubro - 120 Ciclos/Hora

Por Sérgio Franco


120 ciclos por hora, já são 5 meses com contagens na casa dos "120" sendo que a maior contagem foi de 127,5 ciclos por hora em Setembro.

Relatório completo AQUI

Das diversas análises que realizamos uma das mais interessante é quando calculamos a média de 12 meses e notamos que o crescimento dela não para.

17,68%

Saímos de 93,81 para 110,04 ciclos por hora, mas observando o gráfico, notamos que este número sobe de forma constante desde os inícios da análise.

E o aumento vem com uma variação de ciclos e ciclistas, como podemos notar na foto de um usuário de monociclo elétrico:

Monociclo elétrico
Fizemos uma rápida pesquisada e a autonomia de alguns modelos superam os 15 km com recarga de só 2 horas!

E o mito de que bicicleta não é para quem usa terno, bem, parece que também vem caindo, como podemos ver abaixo:
Gravata não é problema 
E não são os únicos, nós já flagramos diversas vezes ciclistas engravatados pela cidade.

A participação das mulheres é que ainda esta em uma linha de tendência de queda no uso dos ciclos como meio de transporte

Participação de mulheres

Temos que identificar ainda o porque desta menor participação. Para isto neste mês de Outubro lançamos uma enquete que tenta, ao menos, nos dar pistas para esta diferença.

A enquete pode ser acessada AQUI e pode ser respondida não só pelas mulheres mas também pelos homens.

Algo que repetimos todo mês é que a bicicleta, e outros meios de transportes ativos, estão crescendo em Niterói de forma tão constante e rápida é devido a algo muito simples, praticidade que estes meios de locomoção oferecem, principalmente em uma cidade como a nossa.

Acho que esta na hora de você experimentar também.




sábado, 1 de outubro de 2016

Resultado - Enquete de Setembro - Percepção de Segurança



Infelizmente a percepção de segurança pelos ciclistas ainda é pouca, grande parte ainda se sente inseguro ou muito inseguro, mas parece que a praticidade que a bicicleta oferece parece superar esta percepção, pois neste mesmo mês de Setembro batemos o recorde no número de ciclos (Matéria AQUI)

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Apenas 2% dos ciclistas se sentem seguros e 16% não se sentem nem inseguros nem seguros no trânsito.

Muito à ser feito ainda na cidade para que esta percepção de segurança se inverta e diminuição das velocidades e melhor sinalização seriam duas interversões de rápida implementação que causariam, acreditamos, uma boa mudança neste percepção.

Como sempre gostamos de saber o opinião de quem efetivamente pedala e conhece as ruas então deixamos a seguinte questão:

Que solução, na sua percepção, teria mais resultado na melhora da segurança para o ciclista? Infraestrutura? Fiscalização? Sinalização? Campanhas de educação? Deixe sua opinião.

  •  Infraestrutura
  •  Fiscalização e aplicação do CBT.
  • Fiscalizaçao, campanha educativa nas escolas e nos meios de comunicaçao, sinalização, infraestrutura, mais ciclovias e melhorar as ciclovias já existentes. Enfim, o óbvio.
  • Infraestrutura e fiscalização
  • Separação física nas ciclofaixas
  • Vergonha na cara de quem devia cuidar do trânsito.
  • Infraestrutura, sinalização, fiscalização e campanhas de educação. Todas são importantes e necessárias. Niterói pode ser uma cidade modelo na mobilidade por meio da bicicleta e maior respeito aos pedestres e à vida. Me sinto seguro em alguns lugares onde existem um pouco mais de infra. E totalmente inseguro em outros que não há o menor cuidado. Os trechos da Marques de Paraná, por exemplo, são um convite à fatalidade.
  •  Primeiro melhorar, e muito, as ciclovias que já existem. Depois disponibilizar mais ciclovias na cidade, zona sul e zona norte. Mais ciclovias equivalem a mais ciclistas nas ruas, portanto menos carros nos engarrafamentos.
  • Todas as opções mencionadas
  • ciclovias mais seguras e frequente fiscalização.
  • Sinalizaçao e infra
  • Educação no trânsito. Carro não é arma para intimidar os outros.
  • Todas os itens acima!
  •  infra-estrutura e fiscalização
  • A manutenção/ampliação da ciclovia. Precisamos de uma política séria quanto a isso.
  • Fiscalização. Todos os problemas que encontrei até agora pedalando foram decorrentes de motoristas que avançam no amarelo (e, obviamente, acabam avançando o sinal vermelho), carros parados onde não deviam e muitos veículos que não fazem ideia de pra que serve seta. Se todos fossem penalizados de alguma maneira, talvez aprendessem a dirigir.
  • Todas as sugestões da pergunta!
  • Infraestrutura (mais ciclifaixas) e fiscalizacao (mtos motoristas nao respeitam as ciclofaixas)
  • Educação é prioridade, mas com certeza falta tudo, sobretudo uma estrutura de fiscalização eficiente
  • Fazer ciclovias do tenente jardim, venda da Cruz, Barreto a Niterói
  • Todas essas opções, mas principalmente comprometimento político, severo e sistemático dos gestores
  •  infraestrutura
  •  Ficalização e Infraestrutura
  • Investimento em educação no transito e estrutura para as bicicletas como ciclovias, bicicletários, etc.
  • Campanhas de educação. Mais ciclovias. Penalização para as infrações.
  • Fiscalizacao
  • campanha de educação
  • campanhas de educaçao e infraestrutura
  • Educação, conscientização, fiscalização e punição mais severa as infrações cometidas!
  • Campanhas de Educação e infraestrutura adequada
  • todas as anteriores
  • Sinalização e Fiscalização fazem parte da Infraestrutura, mas nada disto é eficaz se não houver Campanhas de Educação. É fundamental nos conscientizarmos do quão fundamental é o respeito mútuo, a solidariedade e que a cidade é para pessoaS.
  • Diminuição da velocidade dos automóveis
  •  tudo, mas principalmente campanhas de educação que geram vizibilidade e FISCALIZAÇÃO que não ha a minima na cidade
  • Campanhas de Educação e melhor infraestrutura
  •  Sinalização e fiscalização
  •  Infelizmente não temos a cultura da bicicleta na nossa sociedade, e para mudar isso é necessário tempo e ações. Só deixar o tempo fluir não adianta, precisam de ações, mas o tempo é porque um mudança de cultura não acontece do dia para a noite. Percebo que a fiscalização deveria ser mais intensa nas ciclovias e ciclofaixas existentes. Também falta sinalização na altura do olhar do observador, pois como comentei no inicio, por não existir essa cultura da bicicleta muitas pessoas não compreendem o espaço da ciclovia ou ciclofaixa. Precisa de educação no trânsito. Precisa de multas para os automoveis. Mas acima de tudo precisa de infratestrutura para os ciclistas como ciclovias que são as que tem a barreira física separando-as da rua para assim induzir a população a respeitar o ciclista, mostrar que o ciclista tem o seu espaço demarcado e tem muita importância no trânsito. Precisa também ter incentivos fiscais para venda e compra de bicicletas e também para cicles. Ainda precisamos de muitas coisas para fazer esse modal ser totalmente seguro, mas o que importa é que estamos cada dia aumentando o nosso número!!
  • ciclovias de verdade
  •  Infra e campanhas de educação

 A nova enquete já esta no ar e é sobre a participação da mulheres no uso da bicicleta como meio de transporte e pode ser acessada AQUI.

Acesse: bit.ly/cicloturismourbano


SÃO SÓ 5 KM
POR QUE NÃO EXPERIMENTA IR DE BICICLETA?