Ideia 40: Novos caminhos para a cidade
“Novos Caminhos para a Cidade”
foi a matéria vencedora do 2º Prêmio de Jornalismo Mobilidade Urbana
Sustentável, promovido pelo ITDP, patrocínio do Banco Itaú e apoio da Transporte Ativo e ANDI - Comunicação e Direitos. A Matéria foi publicada na revista
Superinteressante e foi escrita pela jornalista Natália Garcia.
Abaixo
destacamos alguns pontos da matéria, mas vale a pena a leitura completa da
mesma, que mostra como medidas relativamente simples podem melhorar a qualidade
da mobilidade para todos e o quanto tem sido errada a forma em que os governos tem aplicado os investimentos em
mobilidade.
"Gostaria de começar esse
texto dizendo que nenhuma outra área política estabelece seus preços de maneira
tão irracional, ultrapassada e desperdiça tanto dinheiro quanto a mobilidade
urbana". A frase é de um artigo de 1963, escrito pelo Nobel da Economia William
Vickrey, sobre a realidade da América do Norte e da Europa. Mas era o prenúncio
de um colapso que se repetiria 50 anos depois aqui no Brasil.”
“30,9% dos deslocamentos no país
são feitos de carro, 28,9% de transporte público e 40,2% de meios não
motorizados (bicicleta e a pé). Isso mesmo: a maioria está caminhando ou
pedalando. Mas não é isso que refletem os investimentos em mobilidade.”
“De acordo com dados da Agência
Nacional de Transportes Públicos (ANTP), em 2011, o orçamento estatal aplicado
aos transportes públicos somou R$ 900 milhões, enquanto os investimentos em
mobilidade para os carros chegaram em R$ 12,6 bilhões.”
“...o trânsito representa um prejuízo
de R$ 40 bilhões por ano ao Brasil.”
“"A mobilidade precisa ser
pensada como uma rede integrada de opções para atender às diferentes demandas
das pessoas"”
“Todos os tipos de deslocamentos
- a pé, de bicicleta, de transporte público e de carro - são pensados pelo
mesmo núcleo,...”
“"Parte da solução da
mobilidade está em reduzir sua demanda, permitindo que as pessoas morem perto
do seu trabalho."”
“O problema é que transportes e
habitação são duas secretarias com gestões separadas em todas as cidades do
país, o que dificulta sua ação de maneira planejada e integrada.”
“"O principal erro cometido
no planejamento das cidades é pensar demais no hardware e pouco no
software", diz David Sim, do Gehl Architects. Em outras palavras: uma
avenida feita apenas para a circulação de carros é como se fosse um Ipad de
última geração com apenas um aplicativo rodando.”
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