quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Cidades compactas.

Por Sérgio Franco

A manchete é: Dobram Licenças Para Prédios de Uso Misto Em São Paulo

O Estadão

""A notícia é interessantíssima”, diz o arquiteto e urbanista Lucio Gomes Machado, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). "Indica o início da mudança de uma mentalidade de mais de 40 anos atrás, que setorizava a cidade em zonas de trabalho, moradia, lazer e circulação. Não se percebia o quanto isso era danoso para a cidade.”
Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o arquiteto e urbanista Valter Caldana concorda. "Em 1972 a cidade adotou um modelo de desenvolvimento urbano rodoviarista disperso, em lei, o que introduziu uma coisa perversa: a segregação e a estratificação do território. Finalmente, parece que tal modelo se exauriu.”
Caldana só vê vantagens no uso misto. "Primeiramente, porque aproxima a prestação de serviços do usuário do serviço. E porque cria emprego e renda perto de onde há moradia, reequilibrando a relação moradia, emprego e renda.”"
A notícia tem mais haver com mobilidade do que a principio pode não parecer.
Compactar cidades é manter as pessoas perto dos empregos e dos serviços. É evitar que as pessoas se desloquem por grandes distâncias, é diminuir o uso do automóvel, a lotação dos trens, metrôs, ônibus, barcas, é criar condições de se usar mais a bicicleta ou até mesmo voltar a usar o meio de transporte mais antigo do mundo, os pés!
Se continuarmos a deixar as cidades se expandirem para os lados e principalmente se continuarmos "setorizando" as cidades, o problema de mobilidade urbana sempre existirá.
Não existe sistema de transporte no mundo que suporte a "periferização" da população afastando-as dos centros de trabalho. Todo sistema tem seu limite de capacidade, sejam rodovias ou ferrovias.
Leia Mais:http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,dobram-licencas-para-predio-de-uso-misto-em-sp,1758023
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"É muito salutar o que vem acontecendo. O fato de a gente ter lojas no térreo, conversando com a calçada, com as pessoas transitando ali, isso é bom. É bom para a cidade, é bom para o comércio, para os serviços, que são o que normalmente fica no pavimento térreo de edifícios, a exemplo do que temos em alguns trechos de Higienopólis (zona oeste da capital), no Leblon e em Ipanema (Rio) e até em outras cidades, como Buenos Aires”, diz Yazbek."
A matéria completa pode ser vista em O ESTADÃO

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